Já aconteceu com você de estar participando de uma conversa num bar, num debate num fórum na internet ou no orkut e de repente, quando o assunto é política, um dos seus interlocutores parece não falar coisa com coisa? Você tenta ser razoável e percebe que a pessoa não consegue processar informação alguma? Até pouco tempo atrás essa pessoa parecia tão normal, o que aconteceu? Na verdade, o problema não é da pessoa, e sim seu. O seu interlocutor tem um problema mental e você fracassou ao não identificá-lo imediatamente e continuar mantendo a conversa como se estivesse falando com uma pessoa sã. Esse manual tem como objetivo ajudá-lo na identificação de distúrbios mentais comuns hoje em dia e evitar assim seu desgaste ao lidar com o deficiente mental. Ao notar pelo menos quatro dos sintomas aqui descritos, você deve parar imediatamente a conversa e recomendar seu amigo a um psiquiatra.
Obsessão:
Sintoma muito comum em pessoas com problemas mentais. Ao ouvir pela primeira vez qualquer referência a FHC, você deve prestar atenção se outros sintomas não aparecerão. Normalmente o deficiente mental vai repetir “Mas na época do FHC isso e aquilo.” Você tenta concordar e diz “É, talvez, nem gosto dele, mas o que disse foi que...” só para ser interrompido de novo: “É tudo culpa do FHC!” O deficiente mental normalmente tem uma obsessão enorme com essa pessoa e com o partido dela.
Paranóia:
Também muito comum. O deficiente mental normalmente é paranóico com a direita. Não tente explicar jamais que essa direita praticamente não existe, pois para o deficiente mental ela não só existe como é culpada de tudo, desde o preço do leite até o mensalão. O que uma pessoa normal vê como inexistente para o deficiente mental com problemas de paranóia é palpável e real.
Dificuldade de Aprendizado:
Sintoma comum, mas de difícil identificação. O deficiente mental não aprende com seus erros, como qualquer pessoa normal. Insiste em repetí-los. Está nesse momento se preparando para votar de novo no Lulla, Garotinho ou então na Heloisa Helena. Continuará teimando que esse é caminho quando pessoas normais já aprenderam que não é.
Negação:
Mesmo diante de fatos, o deficiente mental nega a existência deles pois poderiam causar-lhe algum sofrimento. A defesa do deficiente mental é negá-los em vez de enfrentá-los. Quando perguntado sobre mensalão, o deficiente mental invarialvelmente afirma que ainda não foi provado, que foi apenas caixa dois ou que isso é coisa da imprensa marrom, sem ser capaz de dizer o que isso quer dizer, ou então da direita (ver Paranóia).
Megalomania:
O deficiente mental também pode se achar muito mais importante do que é na verdade. Se alguma frase de seu interlocutor começar com “Nunca na história desse país...” pode estar certo que ele sofre de megalomania. Se ele se acha capaz de transformar a sociedade ou de resolver todos os problemas apenas com “vontade política,” com certeza é megalomaníaco.
Flashbacks:
O deficiente mental pode também apresentar saudade de um passado que ele não viveu. O sonho de muitos deficientes mentais é ter vivido na ditadura, combatendo o regime militar. Os heróis do deficiente mental são as pessoas que o fizeram. Pouco importa ao deficiente que esses heróis perderam a luta. Pouco importa ao deficiente a total falta de caráter dessas pessoas. Ele não consegue enxergar isso (ver Negação).
Confusão:
O deficiente mental também tem pouca clareza quando fala dos mais variados assuntos. Um exemplo claro é quando o deficiente tenta defender o regime cubano, que ele adora. A explicação para o fracasso do sistema de Fidel é o bloqueio dos EUA. Jamais tente explicar ao deficiente que a única coisa que os EUA fazem é não explorar os cubanos com seu capitalismo selvagem. Que ao dizer que o bloqueio deveria acabar, o que o deficiente está dizendo é que o capitalismo faz falta, que é importante, que sua ausência é o motivo do fracasso cubano, exatamente o contrário do que ele acredita. Ou acha que acredita, pois o deficiente mental com esse sintoma não sabe o que defender.
Problemas de memória:
O deficiente mental também pode apresentar problemas de memória. O deficiente mental elegeu um presidente “contra tudo isso que está aí!” Hoje ele precisa defender a única coisa que não foi absolutamente desastrosa nesse governo, o controle inflacionário, onde presidente nada mais fez do que copiar o antigo.
Raiva:
Raiva é um sentimento comum a qualquer pessoa, mas no caso do deficiente mental ela normalmente é dirigida sem razão alguma a uma pessoa que nada de mal o fez. O ódio dirigido pelo deficiente mental ao presidente americano é um exemplo disso. Muitos também tem um ódio inexplicável em relação ao ex-presidente brasileiro (ver Obsessão).
Preguiça:
Quem não gosta de relaxar numa tarde de sábado, jogando futebol, lendo ou assistindo televisão? Esse tipo de preguiça é saudável e recomendada. No entanto, o deficiente mental tem uma dificuldade muito grande para qualquer trabalho que exija dedicação, tempo, estudo e preparo. Como ele tem essa limitação, ele simplesmente desdenha de quem possui essa capacidade. Quem estuda é rotulado pelo deficiente mental como elite, sempre com uma conotação pejorativa ao termo. Quem aprendeu que os problemas não serão resolvidos com “vontade política” nunca será classificado como um trabalhador. Para o deficiente mental trabalhador é quem nada produz. Como ele próprio, por exemplo.
Inveja:
Normalmente está vinculado ao sintoma anterior (Preguiça). Algumas pessoas são capazes, trabalham duro, têm boas idéias e enriquecem. Como o deficiente mental não é uma delas, ele não consegue conceber que alguém possa ser mais capaz do que ele. Riqueza nunca pode significar trabalho ou capacidade, mas apenas roubo. Ele então mascara sua inveja com o fingimento de que está lutando pelo pobre, que apenas quer distribuir a riqueza de quem trabalhou com quem não trabalhou. Ou seja, tire de quem trabalhou e passe para o deficiente mental. Esse sintoma é muito difícil de ser percebido, pois ele normalmente vem mascarado de frases de efeito e de boas intenções.
Euforia:
O deficiente mental também pode apresentar sintomas de euforia injustificada por razões diversas. A eleição do último presidente é sintomática. O deficiente mental comemorou como se o Brasil tivesse ganho uma Copa do Mundo depois de 30 anos sem ganhar. Ou então quando a CPI achou um tucano no valerioduto. O deficiente mental ficou em estado de graça. As pessoas normais simplesmente pensaram “Ah é? E daí? Mais um, ótimo!” Mas não o deficiente mental. Mas como se vê, a euforia dele é absolutamente injustificada.
Depressão:
Normalmente está vinculado ao sintoma anterior. O deficiente mental que sofre de euforia sofre também de depressão. Quando a euforia passa, com ou sem motivo aparente, o deficiente mental entra então em depressão. Mas normalmente é por pouco tempo. Dura até o próximo fato que o deixa eufórico de novo. E assim o ciclo se repete.
Quando notar qualquer um desses sintomas, fique atento, pois eles normalmente não ocorrem sozinhos. O deficiente mental provavelmente vai dar mostras de possuir mais de um deles. Cabe a você identificá-los corretamente.